O dono do Botafogo está no centro de uma discussão sobre a idoneidade do futebol no Brasil. Esta não é a primeira vez que ele se envolve em problemas. Veja algumas delas
John Textor vem se envolvendo em diversas polêmicas nos últimos dias por conta das indicações de que o futebol brasileiro está “comprometida”. O empresário dono do Botafogo chegou a apresentar um dossiê feito por uma empresa de análise internacional que identificou “padrões de comportamento fora do comum” em alguns lances de partidas do Brasileirão.
As alegações feitas pelo americano tem movimentado os bastidores da bola por aqui e levantado discussões se o intuito do dirigente seria o de tumultuar o cenário ou se ele realmente está certo no que diz.
Verdade ou não, está não é a primeira vez que Textor se envolve em problemas assim. O empresário é dono de alguns clubes pelo mundo e seu nome já esteve presente em algumas polemicas.
Transações suspeitas
Textor tem atuado no limite da legalidade nas transações entre os clubes sob sua administração. Na última janela de transferências, vendeu ao Lyon o goleiro Lucas Perri e o zagueiro Adryelson, destaques do Botafogo e convocados para a seleção naquela época. A compra foi por apenas 6,4 milhões de euros (R$ 34,9 milhões), um valor bem abaixo do mercado.
Ações contábeis fora do padrão
O Lyon passou a primeira metade da temporada 2023/24 proibido de gastar com reforços devido a uma punição do órgão regulador do futebol francês. A DNCG afirmou que o clube não apresentou garantias financeiras suficientes. Em uma estratégia contábil, Textor transferiu as ações da SAF do Botafogo para o clube francês, tentando aumentar o capital do Lyon e encerrar a sanção.
Envolvimento de outros clubes em negociações
Durante este período em que o Lyon estava impedido de investir em reforços, Textor utilizou o Molenbeek FC da Bélgica, que também pertence ao americano, para gastar 25 milhões de euros (R$ 136,2 milhões) no atacante ganês Ernest Nuamah e, posteriormente, emprestá-lo gratuitamente ao clube francês. Essa operação foi investigada pela Fifa.
Demissão da diretoria de um dos seus clubes
Cinco dias antes do início da temporada do Campeonato Belga, Textor demitiu a diretoria do Molenbeek, incluindo o presidente Thierry Dailly, que estava no cargo há oito anos e era bastante querido pela torcida. A mudança irritou os ultras, que ameaçaram greve. Textor manteve sua decisão.
“Calote” no futebol belga
O Molenbeek FC também esteve à beira de uma punição pela Fifa por não pagar 605 mil euros (R$ 3,3 milhões) ao Oostende, também da Bélgica, pela compra do atacante Mickael Biron. O clube reconheceu a dívida e prometeu o pagamento, evitando assim a suspensão.
Demissão de treinador logo depois dele ter sofrido um ataque
O ônibus do Lyon foi atacado por torcedores do Olympique de Marselha, ferindo o treinador Fabio Grosso. Três jogos depois, Textor demitiu o técnico, uma decisão criticada pelo “timing”.
Botafogo também teve outras polêmicas
Já no futebol brasileiro, Textor também foi o centro de polêmicas no comando do Botafogo. Ele entrou em conflito com uma torcida organizada do clube ao compartilhar uma postagem pedindo o afastamento de alguns jogadores e responder às críticas.
A publicação exigia que Marlon Freitas, Eduardo, Victor Cuesta e Di Plácido saíssem do time.
“Sério? Isso é uma piada? Vocês são a menos respeitada e mais inútil das nossas maravilhosas torcidas organizadas. A família Botafogo sente dor, mas não se levanta com vocês. Respeite os homens que deram a esperança de sonhar de novo”, disse
Farpas atiradas para o presidente da CBF
Um dos jogos mais marcantes do Brasileirão do ano passado foi a virada do Palmeiras sobre o Botafogo, no Engenhão. O Alvinegro fez 3 a 0 no primeiro tempo e levou a virada no fim da partida. Na ocasião o zagueiro Adryelson foi expulso quando o Bota ainda estava na frente do placar. O lance gerou reclamações de Textor.
“Isso é corrupção, isso é roubo. Por favor, me multa, Ednaldo, mas você precisa renunciar amanhã de manhã. É isso que precisa acontecer. Esse campeonato se tornou uma piada”, disse ele na ocasião.