Hoje aposentado, ex-meio-campista do São Paulo acredita haver mentiras de ambas as partes e “escolhe lado” em ‘Caso Welington’
O que antes era uma novela envolvendo o São Paulo e a renovação contratual de Welington agora praticamente virou uma guerra. De um lado, o clube alega ter feito inúmeras propostas, cita pedidos irreais do empresário e até vaza, extraoficialmente, valores altíssimos.
Nos últimos dias, saíram rumores de que o estafe do lateral estaria exigindo R$ 800 mil por mês para ampliar o vínculo – os representantes, porém, prontamente negaram e puxaram a corda para seu lado. Segundo eles, o Tricolor barrou a saída do jogador para a Europa em três ocasiões: fevereiro, agosto e setembro de 2023 (para Besiktas-TUR, Brentford-ING, e CSKA Moscou-RUS, respectivamente).
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Além disso, o Mais Querido também teria o impedido de se juntar à Seleção Brasileira Sub-20 em janeiro do ano passado, embora tenha recusado não só essa como as outras afirmações também.
Ilsinho acha que São Paulo e Welington estão mentindo
Em live do UOL, o ex-jogador Ilsinho, que teve duas passagens pelo São Paulo em sua carreira, acredita que ambas as partes estão mentindo: clube e Welington (ou, ao menos, seus empresários).
“Eu duvido muito que o Welington tenha pedido os R$ 800 mil. Não fecha a conta, a matemática não funciona”, disse Ilsinho. “Acho que o empresário dele não ia ser tão ousado”, complementou.
“Cheguei a ver, não sei se estava na mesma matéria da ESPN, mas que o Welington teve três propostas de fora. Eu duvido que ele tenha tido essas propostas porque eu acho muito pouco provável que o São Paulo tenha recusado as propostas. Alguém está mentindo”, finalizou.
O ex-atleta ainda ‘deu razão’ ao camisa 6: “Ele está com a faca e o queijo na mão. (…) Ele está chutando lá em cima? Deve estar, tem que estar e está completamente certo, porque se ele não se valorizar, quem é que vai?”
Críticas à diretoria
Ilsinho ainda aproveitou para tecer duras críticas à atual gestão do São Paulo: “Eu acho que o erro foi cometido ano passado, na época que ele ainda era reserva, e algum gênio lá dentro ainda está cometendo o mesmo erro. Essa narrativa de ficar divulgando quantas propostas fizeram, os valores, acho que é um erro grosseiro. Chega a ser absurdo.”
“Ficar alimentando essa história, essa novela, ficar querendo jogar a torcida contra o jogador, colocar o jogador que ainda veste a camisa e se dedica, dá a vida e o sangue, em xeque por causa da renovação, acho um completo desperdício”, afirmou.
Essa não foi a primeira vez que ele direcionou palavras fortes para a diretoria. Após o polêmico Choque-Rei que terminou com confusão por conta da arbitragem, ele condenou as atitudes do diretor de futebol Carlos Belmonte.
“Diretor de futebol não tem que ir lá fazer coisinha e chutar a porta. Dá uma entrevista, pressiona a arbitragem, isso é estratégia, mas querer peitar jogador e juiz depois do jogo, isso não existe. Não serve para nada”, disse Ilsinho na época.
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