Equipe baiana tem uma estrutura tática diferente em relação aos adversários que o Tricolor Paulista enfrentou no campeonato
O São Paulo recebe o Bahia às 16h deste domingo (30), no MorumBIS, em jogo válido pela 13ª rodada do Brasileirão 2024. Esta será, inclusive, a primeira partida do Tricolor Paulista em ‘horário nobre’ na sua casa desde a final da Copa do Brasil, em setembro de 2023.
A equipe baiana chega com ótimo desempenho antes de enfrentar o Mais Querido. Atuais vice-líderes da Série A, os comandados de Rogério Ceni venceram Vasco e Cruzeiro em sequência e têm os mesmos 24 pontos do Flamengo, primeiro colocado.
Já o time de Luis Zubeldía fez as pazes com a vitória na última rodada e derrotou o Criciúma, após sequência de quatro jogos sem vencer. Os dois treinadores poderão repetir as escalações que funcionaram em seus triunfos recentes.
+Muitos desfalques? Como chegam São Paulo e Bahia para o jogo deste domingo
Bahia será adversário ‘diferente’ para o São Paulo
O primeiro e mais importante ponto é a qualidade técnica. O São Paulo vem de três confrontos contra times da metade de baixo da tabela (Criciúma, Vasco e Cuiabá), sendo que o Bahia é consideravelmente superior a todos esses. Em tese, exigirá mais do Tricolor Paulista simplesmente por ser melhor.
No entanto, Rogério Ceni arma seu tima de forma diferente ao que o Mais Querido, na maioria da campanha, enfrentou até agora. O tripé de meio-campo com Caio Alexandre, Jean Lucas e Éverton Ribeiro difere das duplas de volantes que dominam o campeonato.
E não só o esquema-base, mas também a movimentação. Éverton Ribeiro e Jean Lucas atuam “abertos”, mas ocupam muito o corredor central – com e sem a bola. Com exceção do Fortaleza, praticamente todos os oponentes do São Paulo atuaram com dois no meio:
- Criciúma (Newton e Barreto)*
- Vasco (Hugo Moura e Mateus Carvalho)
- Cuiabá (Denilson e Lucas Mineiro)
- Corinthians (Moscardo e Raniele)
- Internacional (Thiago Maia e Aránguiz)*
- Cruzeiro (Lucas Romero e Lucas Silva)*
- Fluminense (Martinelli e Alexsander)
- Vitória (Willian Oliveira e Dudu)
- Palmeiras (Aníbal Moreno e Richard Ríos)
- Atlético-GO (Roni e Baralhas)
- Flamengo (Erick Pulgar e Allan)
Fortaleza (Hércules, Zé Welison e Tomás Pochettino)
*Criciúma, Internacional e Cruzeiro tinham um terceiro meio-campista ou volante em campo, mas que atuaram abertos na direita ou na esquerda.
Possíveis dificuldades
O São Paulo jogou bem contra o Criciúma, mas o Tigre ainda conseguiu chegar ao campo de ataque e levar perigo à meta de Jandrei. É claro que só conseguiu marcar por erro não-forçado do goleiro, mas teve algumas oportunidades.
Antes disso, quando foi mal contra Vasco, Cuiabá, Corinthians e Internacional (e Cruzeiro, antes da expulsão de Marlon), porém, o Tricolor cedeu muitos espaços. Jogadores mais qualificados – e em trio, como é o caso do meio de campo do Bahia – têm mais capacidade de machucar o São Paulo.
Nada disso impossibilita o São Paulo de vencer o Bahia, significa apenas que terá que tomar mais cuidado do que está acostumado porque se trata de um time bom e bem treinado – são só pontos de atenção para um jogo difícil.